A segurança digital das empresas brasileiras está sob ameaça como nunca antes. O cibercrime no
Brasil evoluiu — e muito. Não estamos mais falando de vírus genéricos ou tentativas aleatórias de
invasão, mas de ataques cibernéticos planejados, estratégicos e com foco total no lucro.
Grupos criminosos estão agindo com precisão. Eles estudam suas vítimas, identificam brechas reais
nos sistemas, exploram falhas específicas e buscam vulnerabilidades em empresas de todos os
tamanhos — principalmente aquelas que ainda acreditam que “antivírus e firewall” são suficientes.
Como os criminosos agem hoje?
O novo cibercrime é silencioso. Os invasores:
● Acessam bancos de dados vazados disponíveis na dark web;
● Compram credenciais internas de funcionários ou ex-funcionários;
● Monitoram superfícies de ataque expostas na internet;
● Procuram por sistemas desatualizados ou mal configurados.
Ou seja, eles não estão tentando a sorte — estão mirando onde já sabem que há vulnerabilidade.
O impacto vai além da tecnologia
Quando uma invasão acontece, o prejuízo não é apenas técnico. As empresas podem sofrer:
● Sequestro de dados (ransomware);
● Exposição pública de informações sensíveis;
● Perda de credibilidade;
Além disso, os criminosos não miram só na empresa principal, mas também em seus fornecedores,
parceiros e toda a cadeia de valor, ampliando o alcance do dano.
Cibersegurança reativa não funciona mais
Um dos maiores erros ainda cometidos pelas empresas brasileiras é pensar de forma reativa.
Contratam um antivírus, atualizam o firewall e acham que estão protegidas. Mas os criminosos já
operam em um nível mais avançado: utilizam as mesmas ferramentas e metodologias de
especialistas em pentest e Red Team, mas com um detalhe — eles não avisam quando encontram
uma falha. Eles exploram.
A pergunta agora não é mais “e se acontecer?”, mas sim “quando vão encontrar a próxima brecha?”. E
se for um criminoso antes da sua equipa de segurança, o estrago já estará feito.
A nova era do cibercrime no Brasil exige uma mudança de mentalidade. Quem ainda espera ser
atacado para agir, provavelmente já está sendo monitorado sem saber. A resposta está em
antecipar-se aos invasores, simular os ataques antes deles e corrigir as falhas antes que seja tarde
demais.
Fonte: Boletim SEC