A cibersegurança é uma preocupação crescente para empresas de todos os tamanhos. No entanto, muitos ainda têm dificuldade em compreender os riscos associados ao uso de dispositivos aparentemente inofensivos, como pendrives e cabos. Esses dispositivos podem parecer inofensivos, mas podem ser facilmente transformados em ferramentas de ataque cibernético. Neste artigo, vamos explicar, de maneira simples, como esses dispositivos funcionam e os riscos que representam.
1. Rubber Ducky e Bash Bunny: Ferramentas Disfarçadas
O Rubber Ducky e o Bash Bunny são dois dispositivos que, à primeira vista, parecem pendrives comuns, mas suas funções vão muito além disso. Ambos foram inicialmente criados para auxiliar especialistas em segurança, como pentesters, a testar a vulnerabilidade de sistemas. No entanto, criminosos digitais também os utilizam de forma maliciosa.
- Rubber Ducky: Ele emula um teclado, o que significa que o sistema o reconhece como um dispositivo confiável. Uma vez conectado ao computador, ele pode executar comandos de forma automática, como instalar programas maliciosos ou coletar dados.
- Bash Bunny: É uma versão mais avançada do Rubber Ducky, permitindo até dois ataques simultâneos e a capacidade de armazenar dados roubados diretamente no dispositivo, usando um cartão MicroSD.
2. Cabos O.MG: Aparentemente Inofensivos
Os cabos O.MG parecem cabos comuns de carregamento de smartphones, mas podem ser controlados remotamente por hackers. Isso significa que, se alguém usar um cabo desses, ele pode ser explorado para realizar ataques sem levantar suspeitas. Ele funciona de forma semelhante ao Rubber Ducky, sendo capaz de executar scripts maliciosos e até atuar como um keylogger, registrando tudo o que é digitado no teclado.
Esses cabos são perigosos porque não despertam suspeitas. Qualquer pessoa pode pedir emprestado um cabo para carregar o telefone, e o atacante consegue controlar o cabo de longe, monitorando e manipulando o dispositivo.
3. Placas de Rede Wi-Fi: Ataques a Redes Invisíveis
Outro dispositivo comum que pode ser utilizado de forma maliciosa são as placas de rede Wi-Fi com suporte ao modo “Monitor”. Esse modo permite que a placa intercepte dados que estão sendo transmitidos pela rede, mesmo que a rede não esteja visível, ou seja, quando o SSID (nome da rede) está oculto.
As placas de rede mais conhecidas para essa prática são as da linha Alfa, que são usadas em testes de invasão. Contudo, placas de rede comuns, como as da marca TP-Link, também podem ser usadas com o modo Monitor. Com essa capacidade, hackers podem realizar ataques conhecidos como Rogue AP ou Evil Twin, criando redes falsas para enganar usuários e roubar informações.
Como Proteger Sua Empresa?
Compreender os riscos associados a esses dispositivos é o primeiro passo para proteger sua empresa. Algumas dicas incluem:
- Não conectar dispositivos desconhecidos: Evite usar pendrives ou cabos que não sejam da sua confiança.
- Treinar funcionários: A conscientização dos colaboradores é fundamental. Todos devem saber dos riscos envolvidos no uso de dispositivos externos.
- Implementar políticas de segurança: Limitar o uso de dispositivos USB e configurar a rede Wi-Fi da empresa com camadas adicionais de segurança podem reduzir os riscos.
Dispositivos maliciosos disfarçados como ferramentas comuns podem representar uma grande ameaça à segurança de sua empresa. Ao entender como funcionam ferramentas como Rubber Ducky, Bash Bunny, cabos O.MG e placas de rede Wi-Fi, é possível adotar medidas preventivas e garantir que sua organização esteja protegida contra ataques cibernéticos.